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OS GASTOS COM PET SHOPS
Não é à toa que, atualmente, o Brasil tem registrado 40 mil pet shops e emprega mais de 220 mil trabalhadores nesse setor, movimentando em média R$ 2,2 bilhões. Já o segmento de produtos para higiene e embelezamento teve um faturamento de R$ 910 milhões, segundo dados da Anfalpet. No Ceará, de acordo com o Conselho Regional de Medicina Veterinária, há 527 empresas cadastradas nesse ramo.
A médica veterinária Fernanda Carolina, por exemplo, é formada pela Universidade Federal de Campina Grande, mas decidiu montar uma loja em Fortaleza. "Sempre tive o desejo de ter o meu Pet Shop, por ser um mercado em plena expansão. Além de atuar na minha área, teria meu próprio negócio". Segundo Fernanda Carolina, além de seu marido - que também é veterinário, a loja emprega um tosador e uma estagiária do curso de Medicina Veterinária.
Ela explica que "os serviços de estética animal são os mais procurados, seguidos por vacinas, consultas e cirurgias. Fora os serviços à parte como a venda de acessórios, roupinhas, brinquedos e caminhas".
Fernanda lembra que, hoje, os proprietários têm uma melhor consciência da importância do bem estar animal. "Eles (os proprietários de animais já estão habituados a levá-los para um banho semanal, consultas periódicas e a fazer o esquema de vacinação adequado de cada espécie. O grande diferencial são os serviços oferecidos e o atendimento. Meu recado, para quem deseja ingressar nesse mercado, é dedicação, amor e esforço", ensina a empresária.
Imagine um cachorro com corte de pêlo à la moicano e bandana, ou até mesmo outro caracterizado como urso panda? Esses exageros feitos em bichos por seus donos acontecem. Especialistas avaliam que esses procedimentos afetam a personalidade do animal, que acaba sendo visto como um objeto de prazer.
Os serviços e acessórios são os mais variados. Tosa artística, pintura, hidratação, roupinhas. Tudo para o animal ter um verdadeiro dia de rei ou rainha. “Um cliente pediu para estilizar seu cão como um urso panda. Fizemos a tosa por igual e depois uma pintura de panda”, disse Rita de Cássia Queiroz, proprietária do pet shop A. Art dog, de Santo André.
A maioria da clientela do pet shop de Rita de Cássia é de donos de cães, que, ao menos uma vez por semana, freqüenta a loja. A comerciante contou que certa vez um cliente pediu que fosse feito um moicano no cão. Depois, colocaram uma bandana. O bicho ficou parecendo um roqueiro.
A artista plástica Cristiane Carregosa, 46, tem um carinho mais do que especial por Cinderela. Com três meses de vida e pesando meio quilo, a poodle tem muitas regalias. “Ela tem quatro vestidinhos combinando com sapatinhos. Estou à procura de capa de chuva”.
A artista plástica espera Cindi – como é carinhosamente chamada – crescer um pouco mais para que ela passe por tosa mais elaborada, hidratação e pinturas especiais.
Mas essas lojas especializadas não trabalham apenas com acessórios. Quem tem um animalzinho em casa preocupa-se também com a higienização do bicho. No Always Dog Pet Shop, também de Santo André, os produtos higiênicos são os mais vendidos, de acordo com a atendente Priscila de Almeida, 30.
“Temos o tapete higiênico, que absorve a urina e é muito bom para ensinar o cão a fazer suas necessidades no mesmo lugar”.
Certo ou errado – Para o médico veterinário Antero Paulo Matias, 38, alguns mimos considerados exagerados não são diretamente prejudiciais à saúde do animal. A grande preocupação está em trazer atitudes dos seres humanos para os bichos. “O que acontece é que você descaracteriza o animal como um animal. Você o transforma em gente”.
Matias, que também é diretor do Hospital Veterinário da Universidade Metodista de São Paulo, ressaltou que alguns objetos são importantes para preservar a saúde do cão. Por exemplo, há animais que, por ficarem sozinhos em casa por muito tempo, sem nenhuma atividade, ficam estressados e acabam arrancando seus pêlos e mordendo as patas. Nesse caso, a utilização de botinhas é recomendada por especialistas.